segunda-feira, 7 de junho de 2010

Casos concretos

Países como o Brasil, onde a política de combate aos delitos relacionados à pedofilia e aos pedófilos criminosos ainda é recente e a pobreza leva crianças à exploração sexual, oferecem casos rotineiros de prisões de indivíduos envolvidos na rede criminosa, mormente ligado ao que se convencionou chamar de "turismo sexual".

Turismo sexual
Em Salvador, num mesmo dia (18 de outubro de 2002) foram presos em flagrante, em situações distintas, dois estrangeiros pedófilos: um advogado norte-americano, já condenado na Holanda, e em "passeio" pela capital baiana; e um francês que procurou relativizar o fato, declarando estar bêbado e ter feito "besteira"

Na Tailândia, em março de 2007, quatro estrangeiros (dois britânicos, um norte-americano e um finlandês) foram presos, acusados de crimes relacionados à pedofilia. Com idades entre 54 e 76 anos, estavam na região de Pattaya, a leste do país, tido como um dos integrantes da rota do turismo sexual.

Participação dos pais
Em 2002, a polícia norte-americana, junto a de países europeus, prendeu vinte pessoas (sendo dez nos EUA e dez na Europa), associados para a troca de material pornográfico infantil. O caso tornou-se mais relevante para a compreensão dessa prática criminosa por envolver os pais das crianças e por possuir uma variante até então desconhecida pelos países ditos "desenvolvidos", que era a participação ativa dos próprios pais na exploração infantil. "No lugar de proteger seus filhos, estes pais os exploravam da pior maneira possível", declarou, à época, Robert Bonner - Chefe do Customs dos EUA.

Caso Eugênio Chipkevitch
No Brasil, ainda em 2002, o conceituado médico e psicólogo infantil Eugênio Chipkevitch foi o protagonista de um dos mais chocantes casos de abuso sexual contra menores, sobretudo por envolver uma personalidade até então respeitada nacionalmente, justamente no tratamento daquelas que eram-lhe as vítimas. Seu envolvimento com a rede internacional de delitos relacionados à pedofilia foi investigado.

Pedófilo holandês preso no Brasil
O neerlandês Lawrence Stanley instalou-se na Bahia, mantendo um sítio de pornografia infantil na internet. Foragido da justiça de seu país, onde fora condenado por abuso de crianças, além de procurado nos EUA, escondera-se na capital baiana onde chefiava uma rede internacional de crimes ligados à pedofilia.

2007: Rede internacional desbaratada
Em 18 de junho de 2007 a agência britânica de proteção à infância no ambiente cibernético (CEOP), conseguiu desbaratar uma rede internacional de pedófilos, colocando na prisão, em 35 países, cerca de 700 criminosos.

O caso foi o maior da história, sendo revelador do uso dessa modalidade criminosa do espaço virtual da internet como meio de propagação do ilícito. A investigação teve início com a prisão, em setembro de 2006, do pedófilo inglês Timothy David Martyn Cox, que mantinha um sítio virtual de troca de material pornográfico. De posse do endereço eletrônico do marginal, condenado a uma pena de tempo indeterminado, cerca de 31 crianças foram libertadas - muitas delas abusadas, seviciadas e maltratadas pelos próprios pais.

O uso da internet para a divulgação, propagação e prática criminosa por pedófilos tem crescido em proporções nunca antes registradas, o que motivou a ação inédita da agência britânica, em associação com órgão policiais de outros países, e prisão imediata dos criminosos da rede. "Como predadores, eles aumentaram a sofisticação do uso da internet para explorar os menores, da mesma forma usamos essas técnicas para os desmacarar", declarou o Chefe Executivo do CEOP, Jim Gamble.

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